A CONTRA CULTURA VIROU CULTURA OU VOCÊ É CONTRA ?
Houve um período que existia uma cultura da elite e outra do povaréu. Isso durou. Shakespeare era povaréu ? hoje não ? e maiakovski ? era amado pelas massas ? odiado pelos camaradas jumentos ?
Houve a ascensão da classe média. Profissionais, que liberados da mão de obra escrava, escreviam direitinho. Esses abusados entrando no paraíso do consumo, precisavam de uma arte menos culta, afinal não eram especialistas e ao mesmo tempo mais elaborada. já sabiam diferir entre a mão e o garfo. Entra em cena o entretenimento, essa bosta. Uma arte feita para se assoar o nariz entre uma e outra golfada de sangue dominical. Uns se rebelaram contra isso. Mas sem esquecer que a mercadoria a tudo abarca, desde que mecenas já no hay, trataram de criar e vender tranqueirinhas geniais. O mundo abriu-se para uma arte que não vinha do populacho, nem da aristocracia dos píncaros inatingíveis. E povou a terra com seus quadrinhos, twists, filmes B, charlestons, machiches, chinoiseries. Um novo olho sobre um novo mundo. O futurismo havia chegado e se apresentado com seus tele kistches hodiernos. A princípio foi um bafafá. Quem em nome de quem executa essas blasfêmeas ? Pegar a santa seia e pintar um topete nos apóstolos. Transformar a vênus de milos numa padronagem para bidês, pintar as escrituras sagradas na pele de pigmeus. Tais impropérios, por não encontrar entendimento nem na massa nem na elite, encontrou seu espaço num gosto plebeu emergente. E se ratificou. Hoje é o que se vê : essa balbúrdia.
Houve um período que existia uma cultura da elite e outra do povaréu. Isso durou. Shakespeare era povaréu ? hoje não ? e maiakovski ? era amado pelas massas ? odiado pelos camaradas jumentos ?
Houve a ascensão da classe média. Profissionais, que liberados da mão de obra escrava, escreviam direitinho. Esses abusados entrando no paraíso do consumo, precisavam de uma arte menos culta, afinal não eram especialistas e ao mesmo tempo mais elaborada. já sabiam diferir entre a mão e o garfo. Entra em cena o entretenimento, essa bosta. Uma arte feita para se assoar o nariz entre uma e outra golfada de sangue dominical. Uns se rebelaram contra isso. Mas sem esquecer que a mercadoria a tudo abarca, desde que mecenas já no hay, trataram de criar e vender tranqueirinhas geniais. O mundo abriu-se para uma arte que não vinha do populacho, nem da aristocracia dos píncaros inatingíveis. E povou a terra com seus quadrinhos, twists, filmes B, charlestons, machiches, chinoiseries. Um novo olho sobre um novo mundo. O futurismo havia chegado e se apresentado com seus tele kistches hodiernos. A princípio foi um bafafá. Quem em nome de quem executa essas blasfêmeas ? Pegar a santa seia e pintar um topete nos apóstolos. Transformar a vênus de milos numa padronagem para bidês, pintar as escrituras sagradas na pele de pigmeus. Tais impropérios, por não encontrar entendimento nem na massa nem na elite, encontrou seu espaço num gosto plebeu emergente. E se ratificou. Hoje é o que se vê : essa balbúrdia.
Texto escrito por Chacal em seu blog: chacalog.zip.net/
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