sábado, 31 de maio de 2008

Presença ilustre de Salomé Parísio


Contamos com a ilustre presença de uma das maiores estrelas do rádio brasileiro das décadas de 40 e 50, a querida atriz e cantora Salomé Parísio. Ela nos contou sua história, momentos marcantes de sua carreira e fatos de sua vida pessoal ocorrido na época de ouro do rádio.

Vimos um video sobre sua carreira

Ela se emocionou com as imagens de sua história e de fatos marcantes de sua vida.

Ela cantou...


E também dançou....


Nos mostrou uma vitalidade incrível.

Conversou com todos...


Ela nos contou detalhes de sua vida e carreira!

...e nos deixou um forte abraço!!


Muito obrigado Salomé!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Íntegra do bate-papo com Josmar Andrade

Internet Livre diz:
Vamos lá professor Josmar??
Josmar diz:
Estou pronto.
Internet Livre diz:
Conte-nos um pouco da sua história profissional....
Josmar diz:
Bem, comecei a trabalhar na área com 19 anos na Folha de S. Paulo, em 83. Fui contato publicitário, gestor da área de pesquisa de mídia e depois gerente de marketing da Folha com 22 anos. Trabalhei numa agência de médio porte, em 86, como diretor de criação (chamava-se Kramer & Perroy e atendia a conta da Panasonic).
Em 87 abri uma agência de propaganda e de marketing que atendeu vários clientes, em especial na área de rádio, como a 89 FM, a Transamérica FM, a Nativa e a Jovem Pan. Chamava-se Andrade Propaganda. Em 2001 parei com tudo e fui fazer mestrado. Entre 2003 e 2005 voltei ao mercado para ser Gerente de Comunicação do Grupo Bandeirantes, com 2 TVs abertas (a Band e a Rede 21), uns 3 ou 4 canais a cabo e uma série de rádios, como a Bandeirantes, a Band FM e a Bandnews.
Josmar diz:
Ano passado, 2007, fui Diretor de Marketing do GC2, um grupo de rádio que tem em SP as rádios Alpha FM e 89 FM.
Josmar diz:
Agora eu estou focado em terminar meu doutorado e dou aulas na USP Leste e nas Faculdades Rio Branco, em MBAs, além de dar consultorias para diversos clientes.
Josmar diz:
São uns 25 anos de carreira no total
Internet Livre diz:
Vou passar a palavra para um de nossos jovens aqui presente para que eles perguntem algo. Como você pode ver, são jovens na faixa etária entre 10 a 23 anos...
Josmar diz:
Fiquem à vontade
Internet Livre diz:
O Hamilton Silva de 23 anos vai fazer a primeira pergunta para você
Josmar diz:
Fala, Hamilton, tudo bem?
Internet Livre diz:
Josmar, gostaria de perguntar ao senhor com as diferenças entre a rádios AM e FM porquê escolheu a FM para trabalhar?
Josmar diz:
A diferença é basicamente técnica. O AM funciona em determinada faixa de onda de rádio, a Amplitude Modulada, e só transmite mono. O sinal vai mais longe mas é de pior qualidade. Já o FM, ou Freqüência Modulada, é uma faixa de freqüência que permite um sinal de maior qualidade, em estéreo, porém que não chega muito longe. Não sei porque sempre trabalhei com FM... talvez tenha sido o destino... talvez porque o FM é uma área mais agitada... que investe mais em comunicação e marketing. O pessoal do AM anda um pouco parado no tempo...
Internet Livre diz:
Meu nome é Marcio e tenho 15 anos e eu gostaria de saber quando foi inaugurada a rádio 89FM?
Josmar diz:
A 89 FM é uma rádio que existe, com esse nome, desde 1986. Antes ela se chamava Pool FM. Em 86 ela se tornou a "rádio rock", que durou até 2006, lembra?
Internet Livre diz:
Meu nome é Alexander e tenho 13 anos. Eu gostaria de saber porquê á 89 FM mudou de estilo???
Josmar diz:
Ela mudou, basicamente, porque fez uma escolha pelo público com quem queria falar... O público do rock, que em 86 era o ritmo da galera mais jovem, foi ficando cada vez mais velho... e a moçada, como você, começou a gostar de outros ritmos, como o hip hop, o reggae... e aí a 89 teve que fazer uma escolha: ou pelo ritmo ou pelo perfil de público. Como ela definiu como objetivo falar com jovens entre 16 e 22 anos, precisou se adaptar ao novo gosto do público.
Josmar diz:
Hoje a 89 FM se define como uma rádio plural, que toca de tudo, inclusive (mas não só) o rock.
Internet Livre diz:
Meu nome é Israel e eu queria saber porquê você gosta de radio?
Josmar diz:
Ah, eu adoro rádio porque é um meio original, engraçado, que fala com as pessoas com facilidade e emoção... não tem quem não se sinta amigo do comunicador, não curta as músicas e a informação que o meio traz... É um meio que proporciona agilidade e é muito importante para a vida das pessoas.
Internet Livre diz:
Você curte qual tipo de musica?????
Josmar diz:
Eu? Eu gosto de muitas coisas... Coldplay, Black Eyed Peas, gosto de rock, gosto de MPB... só não curto muito pagode e música sertaneja. Mas profissionalmente eu não faço muitas escolhas.
Internet Livre diz:
Legal professor: O Hamilton levantou uma questão interessante. Ele acha que as rádios AM têm um contato maior com o público, ou seja, mais próximos do ouvinte.....e isso é diferente do que ocorre nas rádios FM, onde esse contato é bem menor....o que você acha?
Josmar diz:
São modelos distintos, mas eu acho que hoje já não há tanta diferença a não ser técnica. O AM atualmente é o espaço para rádios jornalísticas, de esporte, populares e religiosas... o FM também tem tudo isso... rádios como a Nativa FM e a Transcontinental, por exemplo, também oferecem muito contato com o público e obedecem ao mesmo modelo popular do AM... a diferença é a qualidade técnica... acho que está mais por aí
Internet Livre diz:
Você acha que a frequência AM corre risco de deixar de existir?
Josmar diz:
O AM está vivendo uma crise complicada, com muita perda de audiência, mas o rádio digital, que está quase chegando, vai mudar toda a situação
Josmar diz:
A possibilidade é de que haja uma certa equalização da qualidade no rádio com o digital... aí tanto o AM quanto o FM terão qualidade de sinal parecida... e as diferenças deixarão de existir
Internet Livre diz:
Estamos discutindo aqui a possibilidade de ingresso da carreia de radialismo de pessoas novas...e foi levantado aqui pelo grupo que talvez seja mais fácil ingressar na carreira através de rádios AM, talvez pelo porte....está correto?
Josmar diz:
não sei se isso é verdadeiro... acho que o FM tem mais vagas para quem está começando... tem mais rádio FM do que AM... só em SP são 34 emissoras...das quase 30 AMs, grande parte delas são ligadas a igrejas e aí não há muito esquema de profissionalização (contratação)...
Internet Livre diz:
Na sua opinião, qual é o papel do rádio na vida do brasileiro?
Josmar diz:
O rádio é um meio "companheiro"... as pessoas amanhecem ouvindo programas de jornalismo... motoristas vão no trânsito ouvindo o rádio... ele acompanha a dona de casa no dia-a-dia, com música, entretenimento, horóscopo, fofoca... quem gosta de esporte não fica longe dos programas de debate e de notícias... enfim, o rádio está sempre do nosso lado... até no banheiro ele vai!
Josmar diz:
Por exempo, não dá para imaginar alguém na praia vendo televisão, não é verdade? Ou caminhando no parque.... ou tomando banho e assistindo... já o rádio está com a gente em qualquer lugar, em qualquer situação. Até no escuro.
Internet Livre diz:
Bom professor Josmar, gostaríamos de agradecer pelo bate-papo! Foi muito proveitoso e produtivo aqui para nós.

Internet Livre diz:
Espero que o senhor tenha gostado tanto quanto nós!
Josmar diz:
Também foi muito legal para mim. Espero que tenha sido útil.

Internet Livre diz:
Grande abraço de todos aqui!
Josmar diz:
Um abraço.
Internet Livre diz:
Tchau tchau

terça-feira, 27 de maio de 2008

Íntegra do bate-papo com Marciel Consani


Internet Livre diz:
marciel?
Marciel diz:
olá, liguei a cam, está vendo?
Internet Livre diz:
estou te vendo
Marciel diz:
Espero que não acabe a força…
Internet Livre diz:
marciel, conte um pouco sobre a sua trajetória no rádio
Marciel diz:
Minha experiência é especificamente com projetos de radioescola. Minha formação original é na música. Estudei música clássica. Abri uma produtora de bandas, depois da faculdade. Produzi shows e discos, trabalhos independentes, até 1994. Então, me estabeleci em oficinas e projetos educativos ligados `ONGs e fundações. Ainda estava meio preso à música e à produção em estúdios de áudio. Então, fui convidado para lecionar numa faculdade, em que me encontro até hoje.
Pouco depois, a prefeitura de S. Paulo me convidou para um projeto, ligado à USP, com o objetivo de instalar rádios limitadas em 450 escolas paulistanas. Este foi o famoso "Educom.Rádio". Trabalhei um bom tempo com o Educom, ao final do governo Marta Suplicy eu me exonerei e fui me inscrever na USP para o doutorado, na área de Educomunicação
Internet Livre diz:
conte um pouco sobre o educom. Ele acabou?
Marciel diz:
Bem, não oficialmente. O governo que sucedeu a Marta, suspendeu temporariamente o programa e vem retomando as atividades, lentamente Mudaram o nome, para "Nas Ondas do Rádio". A semente ficou: tenho contato com alunos e professores do município, que ainda produzem rádio nas escolas. Mais importante, depois do Educom. Rádio em Sampa a USP realizou projetos similares no Centro-Oeste e em alguns projetos menores são propostas menos ambiciosas, mas persistiram até hoje.
Internet Livre diz:
Como está o processo de digitalização da rádio? Pouco se fala no assunto... sabemos mais sobre a TV
Marciel diz:
Já existem rádios 100% digitais, mas há um impasse. Se a produção é 100% digital, faz mais sentido que ela se direcione para a web na forma de podcast e webrádio. Na Tv digital, o mote é oferecer novos features. Isto perde um pouco de sentido enquanto vantagem no rádio: não se pode transmitir várias línguas simultâneas no mesmo áudio… A interatividade radiofôncia também é diferent da televisiva
Internet Livre diz:
acha que a webrádio é o youtube da rádio?
Marciel diz:
Não as webradios, que são extensões das rádios "concretas". Mas os podcasts, são efetivamente, youtubes com predicados
Internet Livre diz:
o William Borba de Carvalho, de 13 anos pergunta: é bom ouvir mais de uma rádio?
Marciel diz:É bom ouvir tudo. Várias rádios, vários estilos, várias opiniões. E melhor: é bom criar seus próprios programas, gravar no computador e pendurar num podcast, que é um "blog" de sons.
Internet Livre diz:
Como estudioso do rádio, gostaria que falasse sobre a Cultura FM.
Marciel diz:
Fundação Pe. Anchieta passou de um modelo estatal para administração mista, seguindo orientações que a aproximaram do mercado. Até o momento, assim como a TV Cultura. A Rádio Cultura, parece preservar o essencial, sua "personalidade". São poucas as rádios emque se pode ouvir programas de MPB. Música Clássica e documentários bem produzidos. O que preocupa, é o alcance das concessões, até onde podemos abrir para os patrocinadores sem entrar na guerra por pura e simples audiência?
Internet Livre diz:
A Laís Lindolfo pergunta: as rádios de segmento jovem, são iguais? (mesma programação, etc.)
Marciel diz:
As rádios FM seguem duas tendências. Ou se orientam para setores cativos de audiência, como as Rádios Gospel, nada contra, por favor! Ou voltam-se para o mercado. Neste caso, a tendência é para uma homogeneização crescente. Vide o caso da radio 89 que era rock. E sem roçar a direção, deu uma guinada em direção ao mercado pop sem trocar a direção. A rádio digital, promete aumentar a produção regional, o que, em princípio, aumentaria a diversidade e
Internet Livre diz:
Marcos Fernando de Mendes Machado pergunta: oq acha das rádios de cunho religioso?
Marciel diz:
O rádio sempre foi um veículo poderoso para juntar pessoas com pensamentos afins. Mais do que a TV, o veículo rádio sobrevive forte pela fidelidade dos ouvintes. As Igrejas em geral, descobriram o poder dos meios para unir os fiéis. Não vejo grandes problemas na convivência de setores diferentes no mesmo meio de comunicação mesmo pq o rádio se transforma, e acho que o futuro dele, está mesmo na web.
Internet Livre diz:
qual é o futuro da rádio?
Marciel diz:
O Rádio, enquanto LINGUAGEM, tende a se ainda mais presente, dada a facilidade de se produzir. Não requer equipamento caro para ouvir enem para gravar. Pode ser disponibilizado e usado como ferramenta em centros culturais, clubes e escolas. Penso que,mesmo que ele deixe de ser ma mídia "rica" isto é, bancada pela indústria fonográfica e pela publicidade, ele sobreviverá, na webb, nos sistemas de auto-falantes, nos celulares, seja onde for. Pois a comunicação oral está presente em toda a história humana, afinal, ele sobreviveu ao cinema, à TV e à web.
Internet Livre diz:
pq há poucos estudos sobre o rádio?
Marciel diz:
Na verdade, nos lugares que eu conheço, se fala e se estuda bastante o Rádio. Mas é fato que a cultua da imagem nos dias de hoje é dominante "cultura da imagem". A televisão é uma influência cultural muito forte as pessoas ainda se pautam muito na própria imagem, assistem o jornal, vêem as propagandas e escolhem os filmes com base na tV, assim, os estudos da Comunciação Social, tendem naturalmente para o veículo de maior influência social embora as pesquisas de rádio cresçam lentamente, o interesse acadêmico existe e o interesse pela TV está diminuindo na razão em que cresce o interesse pelas "novas mídias".
Internet Livre diz:
tem poucos livros tb
Marciel diz:
Há grandes lacunas de bibliografia no Brasil. Há muito poucos livros sobre estética sobre etnologia sobre comunicação social sem o viés da filosofia e sobre o rádio. Quando comecei a lecionar no curso de RTV em 2001-2002, só havia um manual e era traduzido agora o leque de opções aumentou bastante
Também lancei o meu livro para preencher uma lacuna a interface entre Educação e Comunciação com o uso do rádio lastreado por experiências concretas
Internet Livre diz:
as pessoas, estudantes, estão mais interessados em trabalhar na TV, ou no rádio?
Marciel diz:
Nos cursos de RTV, o interesse é maior, talvez uns 60%, pela TV o interesse pelo rádio, surge aolongo do curso, com a vivência nas oficinas de produção
pois produzir rádio é apaixonante. Tb é incrível como os alunos de RTV gostam de cinema e querem se tornar produtores de filmes. No final, o que conta é a idéia de produzir audiovisual na tV, no Rádio ou na web
Internet Livre diz:
legal, estamos chegando ao final
Marciel diz:
gostei de ver tantos meninos, tanta gente jovem
Internet Livre diz:
quer deixar uma mensagem a todos que se interessam em estudar e/ou trabalhar em rádio?
Marciel diz:
Sim. "O rádio no começo foi uma soução procurando por um problema ninguém sabia direito como usar, ou para quê usar agora que sabemos —e muito usá-lo a idéia é fazer dele um instrumento de cidadania. Assim, fazer rádio na escola, no clube ou na comunidade é exercer o direito à comunicação e garantir a nossa liberdade de opinião no futuro trabalho com e estúdio o rádio por causa desta certeza.
Internet Livre diz:
Marciel, foi um prazer recebê-lo neste projeto
Marciel diz:
Obrigado!
Internet Livre diz:
tchau
Marciel diz:
Até logo.

link para o arquivo da oficina de webrádio

Aqui envio o link com o resultado das oficinas:http://www.feitoamouse.org/oficinas/webradio/

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Criação de Vinhetas

Além de produzir vinhetas, a oficina tem como objetivo mostrar ao aluno como outras manifestações artísticas, culturais e sociais, influenciaram no surgimento e evolução das vinhetas nos meios de comunicação. Com Herbert Cabrino.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Apostila Webrádio

Para quem não levou sua apostila da oficina de Webrádio, aqui está ela:
Veja a apostila AQUI

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Fotos da Oficina de Webrádio

A oficina tem como principal objetivo incentivar a experimentação e a produção de áudio digital, viabilizando projetos radiofônicos para serem divulgados online. Com o coletivo Feitoamouse. Grátis.
13/05, 14/05, 15/05, 16/05. Terça a sexta das 18h às 21h.



Fotos da oficina de Webrádio




Fotos da oficina com os alunos do curso de futebol infantil




A Internet Livre realizou no dia 10/05 uma oficina com os alunos do curso de futebol infantil da Unidade. A oficina foi das 9h30 às 11h com as crianças de 7 a 9 anos e das 11h às 12h30 com as crianças de 10 a 12 anos.

Fizemos uma retrospectiva das atividades do projeto ‘Internet Futebol Clube’.

Fotos da oficina com os alunos do curso de futebol infantil




sexta-feira, 9 de maio de 2008

Rádio Escola Comunitária

A utilização do rádio num contexto edu-comunicativo, promovendo a integração entre crianças, adolescentes, jovens e adultos fortalecendo as relações locais, como suporte para o trabalho pedagógico. Com Cadú Fernandez.
Dia(s) 06/05, 07/05, 08/05, 09/05. Terça a sexta das 19h às 21h.

Fotos da Oficina Rádio Escola Comunitária




Fotos da Oficina Rádio Escola Comunitária




Fotos da Oficina Rádio Escola Comunitária




A Carta da Salomé Parísio


Transcrição da Carta de Salomé Parísio

SALOMÉ PARÍSIO

DULCE DE JESUS OLIVEIRA

Pernambucana, nascida em Bonito, em um família com oito irmãos, três homens e cinco mulheres, todos cantores. Comecei a cantar na Igreja, fui “filha de Maria”, e quase “freira”.

Em Recife/PE, comecei minha carreira na Rádio Club de Pernambuco. Fui vencedora do programa de calouros. Caso eu quisesse seguir a carreira artística (era o meu sonho), aceitei. E canto até hoje.

Trabalhei na USO, depois fui contratada do Sr. Matos em Salvador/BA, por dois anos.

Depois do sucesso em Recife, viajei para Bahia. Permanecendo 5 anos, fui mãe em Salvador. Depois recebi um convite para trabalhar no Rio de Janeiro.

Gianca de Garcia, diretor artístico do Cassino da Urca, resolveu levar ao Teatro (Revista), com todo o elenco da Urca, mandou me buscar em Salvador para estrelar a peça “Um milhão de Mulheres” – Sucesso de 1947, fizemos três revistas.

Vim para São Paulo e aqui fiquei. Trabalhei no Teatro Santana, fiz filme com Mazzaropi e continuei em São Paulo.
Viagem. Macunaíma.

Recebi um convite do Antunes Filho para fazer “Macunaíma”, viajamos por Rio, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Maranão, Pará, Amazonas e Fernando de Noronha. Depois partimos para o Festival Mundial do Teatro em Nancy, Paris, onde alcançamos o primeiro lugar – sucesso.

Fizemos 12 países. Depois fui aos Estados Unidos (Nova York), recebi um convite para substituir Carmem Miranda. Mas Deus não quis, minha mãe ficou doente. Eu deixei tudo para cuidar dela.

De volta, me fixei em São Paulo/SP, fazendo shows, trabalhando nas rádios Tupi, Bandeirantes, Record e Nacional. No Teatro fiz “Violinista no Telhado”, “Dilúvio”, e outros. Na TV, a novela “Sangue do meu Sangue”, de Vicente Sesso.

Sangue do meu sangue e muitos outros programas. ‘Almoço com as Estrelas’, ‘Clube dos Artistas’ e muitos outros.
Continuo em S.Paulo cantando, vivendo e amando. Tenho cinco netos e quatro bisnetos lindos, lindos, lindos.

Aos meus 85 anos amo! A vida! Canto! Represento! Danço!

Agradeço a Deus tudo isso.

Sou pobre, mas rica da graça de Deus.

Cantei para os soldados brasileiros e americanos na 2º Guerra Mundial em todo o Brasil.

Hoje, vou cantando, dançando, dando aulas de canto, e o que mais aparecer. Adoro minha profissão.
Eu sou assim, louca pela música, louca pelo teatro...

...minha idade?!...é
aquela que você vê;
aquela que você pensa;
aquela que eu realmente eu tenho, mas na hora de falar, não sei porque...
...eu esqueço.

quinta-feira, 1 de maio de 2008