selenitas ! selenitas !
viagem além da imaginação no sesc santo andré ontem. pego um baú de lata com destino a sampa. entro no tatu siderado do metrô, salto na estação imigrantes e sou abduzido por outra nave para santo andré. chego lá umas 17:30. a parada é às 19:00. rodo. zanzo pelas espetaculares instalações daquele navio interplanetário do sesc santo andré. ninguém pra me receber. eu sem dinheiro vivo e sem nenhum caixa eletrônico, nem pilha, num raio de quilômetros. volto para a internet livre onde se daria o acontecimento. apareceu rafael spaca, que havia me convidado. vamos ver a burocracia exigida para sair o pagamento. meu caro horácio, firma q me representa, não mandou os documentos pedidos. bolas, vai atrasar. bem fomos de novo para a internet livre. antes rafael me apresentou ao sesc. falou que a galera é bairrista e se interessam mais por eventos que falem do ABC e da luta operária. deve ser difícil de trazer a classe. uma enorme instalação de cinema chamada "loucos por cinema" ocupava uma das naves. ali por perto havia os legendários estúdios da vera cruz, um marco na chanchada nacional. havia tb programado um ciclo com "o bandido da luz vermelho", "deus e o diabo", "terra em transe". só biscoito fino para a massa operária. assim é o sesc. bem, deu 19 hs e o rafael jogou um microfone na minha mão e convocou a garotada de 8 a 12 anos que se divertia na internet. foi um anticlimax. como falar sobre contracultura para aquela meninada a fim de bisbilhotar no orkut e no msn, a vida da turma ? ninguém olhava pra mim. falei uns poemas: "Melecas", "unhas", andando entre eles. achei q podiam gostar. nem um nada. tocou o celular. atendi. era de curitiba. o samuel. continuei. uma moça que levara a filha, reclamou q eu não podia menosprezar o orkut e o msn, que aquilo era uma das poucas diversões daqueles meninos carentes, moradores de um área miserável em frente ao sesc. tive q concordar. a internet serve a mil e uma necessidades. cada um que busque a sua. falei dos blogs, suas vantagens e seu vício. de repente, a garotada foi saindo e foi entrando uma galera mais crescida. apareceu o pessoas da casa da palavra, um polo de cultura de santo andré. apareceu o zhô bertolini, edidor da revista cigarra, um monumento à arte da poesia subterrânea que há 25 anos ilumina santo andré e esse sítio verdamarguelo. surgiu do nada, waleska, primeira e única, minha amiguinha onipresente, que acaba faculdade de teatro. mora em são bernardo. conhece o abc. falou no cep 20.000, estava nas satyrianas e na vaca do drummond. ela logo interagiu e deblaterou. me envolvi e divaguei. rafael colocou esse chacalog no telão e meu modesto blog foi projetado para as multidões. pescaram eu falando na Flip, num dos links desse blog. achei q estava competindo comigo mesmo e acabei com a farra do meu eu virtual, falando o "falapalavra" ao vivo ali na roda. rodei e caí da cadeira, me espatifando no chão. foi molécula para todo lado. sai num rolamento. ninguém reparou. só eu. estabacado no chão. falei mais. falei sobre a informação, o capital, a mercadoria que circula a esmo. e da falta que um querer nos faz. em que vc acredita ? eu acredito que vc não acredita em nada e eu sou como você. acredita em mim nessa roda viva do money money money. eu acredito que preciso de você e você de mim.
bem a parada foi rolando como se na lua, no sesc santro andré estivéssemos. tudo rodando, circulando como numa viagem pós ultra pós moderna. deu 8:45. tava na hora. troquei mimos entre os presentes. ganhei uma cigarra novinha do zhô e dei-lhe um "carioca" antigo. deixei o programa/cartaz "bendita palavra maldita", evento realizado no sesc copacabana há 2 anos. depois fomos eu, rafael, waleska e uma amiga até o ponto final do 493. abraços, até breve. enfim cheguei à liberdade. onde comi umas sfihas e dormi o sono dos cibernéticos.
aywika !!!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário