quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
DRUMMOND E A BOLA
"O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé". Pelé: 1.000 (1969)
"Confesso que o futebol me aturde, porque não sei chegar até o seu mistério. Entretanto, a criança menos informada o possui". Mistério da Bola (1954)
"Não há nada mais triste do que papel picado, no asfalto, depois de um jogo perdido. São esperanças picadas". Jogo à Distância (1966)
"Perder é uma forma de aprender. E ganhar, uma forma de se esquecer o que se aprendeu". (1974)
"Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho". Mané e o Sonho (1983)
Drummond: a lucidez e a paixão de um poeta torcedor
Tomando a paixão brasileira pelo futebol, Carlos Drummond de Andrade buscava ampliar as noções de vitórias e derrotas para, a partir delas, ler criticamente a sociedade brasileira. Com uma linguagem coloquial e direta, suas crônicas futebolísticas priorizavam a trindade santa do futebol, aquilo que ele mais gostava: o torcedor, suas características e os espetáculos proporcionados nas arquibancadas e ruas; a seleção brasileira, espécie de símbolo de um patriotismo ora benéfico, ora preocupante; e os craques, semi-deuses a quem emprestamos nossos sonhos e desejos.
O futebol também lhe servia de laboratório perceptivo para ler e interpretar o Brasil e a nossa nacionalidade. Nas análises das derrotas da seleção, Drummond a tomava como uma renovação da vida. Para ele, o fair play era o "cavalheirismo da derrota". "Uma paixão: a bola, o drible, o chute, o gol". Nas suas crônicas futebolísticas, encontravam-se a pobreza e as alegrias compensatórias; o negro no futebol; a democracia do futebol.
Ele também acompanhou as mudanças no futebol: o chamado futebol arte, que entorpecia as mentes e alimentava sonhos; o futebol da força física e do rigor tático; o futebol empreendedor, de onde o poeta fazia críticas às políticas e cartolagens e aproveitava para relacioná-las às outras políticas nacionais. Também refletiu sobre o uso político das conquistas de copas pela seleção brasileira e sobre a midiatização do futebol. Drummond, um poeta lúcido e um torcedor apaixonado.
"Confesso que o futebol me aturde, porque não sei chegar até o seu mistério. Entretanto, a criança menos informada o possui". Mistério da Bola (1954)
"Não há nada mais triste do que papel picado, no asfalto, depois de um jogo perdido. São esperanças picadas". Jogo à Distância (1966)
"Perder é uma forma de aprender. E ganhar, uma forma de se esquecer o que se aprendeu". (1974)
"Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho". Mané e o Sonho (1983)
Drummond: a lucidez e a paixão de um poeta torcedor
Tomando a paixão brasileira pelo futebol, Carlos Drummond de Andrade buscava ampliar as noções de vitórias e derrotas para, a partir delas, ler criticamente a sociedade brasileira. Com uma linguagem coloquial e direta, suas crônicas futebolísticas priorizavam a trindade santa do futebol, aquilo que ele mais gostava: o torcedor, suas características e os espetáculos proporcionados nas arquibancadas e ruas; a seleção brasileira, espécie de símbolo de um patriotismo ora benéfico, ora preocupante; e os craques, semi-deuses a quem emprestamos nossos sonhos e desejos.
O futebol também lhe servia de laboratório perceptivo para ler e interpretar o Brasil e a nossa nacionalidade. Nas análises das derrotas da seleção, Drummond a tomava como uma renovação da vida. Para ele, o fair play era o "cavalheirismo da derrota". "Uma paixão: a bola, o drible, o chute, o gol". Nas suas crônicas futebolísticas, encontravam-se a pobreza e as alegrias compensatórias; o negro no futebol; a democracia do futebol.
Ele também acompanhou as mudanças no futebol: o chamado futebol arte, que entorpecia as mentes e alimentava sonhos; o futebol da força física e do rigor tático; o futebol empreendedor, de onde o poeta fazia críticas às políticas e cartolagens e aproveitava para relacioná-las às outras políticas nacionais. Também refletiu sobre o uso político das conquistas de copas pela seleção brasileira e sobre a midiatização do futebol. Drummond, um poeta lúcido e um torcedor apaixonado.
Futebol é Cultura
Poesia na arquibancada
Ciro Câmara
Há exatos vinte anos a literatura brasileira perdia um de seus principais nomes. E o futebol, um grande entusiasta: Carlos Drummond de Andrade
"Futebol se joga no estádio?
Futebol se joga na praia,
futebol se joga na rua,
futebol se joga na alma"
(Futebol, de Carlos Drummond de Andrade)
Certa vez, no poema "Mundo Grande", Carlos Drummond de Andrade escreveu que seu coração era pequeno, que não era maior do que o mundo. Entretanto, tinha a condição de crescer, "entre o amor e o fogo". Pequeno ou grande, o coração do "gauche" da pacata Itabira (MG), do criador do atordoado José, tinha espaço de sobra para uma paixão que transita justamente entre o amor e o fogo: o futebol.
Apesar de escrever "sobre tudo", como disse, ao se oferecer para trabalhar por um pequeno jornal mineiro, nos anos 20, o vascaíno Drummond reservou lugar especial em sua obra para o futebol. Foram artigos, crônicas, poesias e cartas em que exprimiu como poucos a relação do brasileiro com a bola. E, sobretudo, as implicações - políticas e sociais - das conquistas e derrotas nos gramados. A coletânea dos textos está em Quando é dia de futebol, de 2002, cuja organização coube aos netos do escritor, Luís Maurício e Pedro Augusto Granã Drummond.
No livro, encontramos várias facetas de Drummond. O torcedor fanático que, na ânsia por ver a seleção de 1970 campeã mundial, chega a apelar por uma ajudinha da bola, em carta endereçada à mesma. "Bolinha minha, meu amigo redondo, suplico-te: não deixes a Copa ficar com a Britânia ou outra qualquer nação que dela não precisa como precisamos nós. Faze o seguinte: se nossos atletas não derem tudo que têm obrigação de dar, assume por ti mesma o ataque, vai em frente e, sozinha, ganha para nós, esse terceiro campeonato".
Também nos deparamos com um Drummond cético, criticando o uso político da seleção. "Não me venham insinuar que o futebol é o único motivo nacional de euforia e que com ele nos consolamos da ineficiência ou da inaptidão nos setores práticos". Porém, em meio a todas as caricaturas desse Drummond-torcedor, nenhuma bate a do sensível admirador do belo futebol - fã de Garrincha e Pelé -, que sabe respeitar inclusive a hora da derrota, por mais dolorida que seja, como a da seleção de 1982, na Copa da Espanha. "Eu gostaria de passar a mão na cabeça do Telê Santana e de seus jogadores (...) e dizer-lhes, com esse gesto, o que em palavras seria enfático e meio bobo. Mas o gesto vale por tudo, e bem o compreendemos em sua doçura solidária. Ora, o Telê! Ora, os atletas! Ora, a sorte!
A Copa do Mundo de 82 acabou para nós, mas o mundo não acabou. Nem o Brasil com suas dores e bens. E há um lindo sol lá fora, o sol de nós todos". Para Drummond, esse sol brilha mais intensamente, sobretudo, quando é dia de futebol.
Ciro Câmara
Há exatos vinte anos a literatura brasileira perdia um de seus principais nomes. E o futebol, um grande entusiasta: Carlos Drummond de Andrade
"Futebol se joga no estádio?
Futebol se joga na praia,
futebol se joga na rua,
futebol se joga na alma"
(Futebol, de Carlos Drummond de Andrade)
Certa vez, no poema "Mundo Grande", Carlos Drummond de Andrade escreveu que seu coração era pequeno, que não era maior do que o mundo. Entretanto, tinha a condição de crescer, "entre o amor e o fogo". Pequeno ou grande, o coração do "gauche" da pacata Itabira (MG), do criador do atordoado José, tinha espaço de sobra para uma paixão que transita justamente entre o amor e o fogo: o futebol.
Apesar de escrever "sobre tudo", como disse, ao se oferecer para trabalhar por um pequeno jornal mineiro, nos anos 20, o vascaíno Drummond reservou lugar especial em sua obra para o futebol. Foram artigos, crônicas, poesias e cartas em que exprimiu como poucos a relação do brasileiro com a bola. E, sobretudo, as implicações - políticas e sociais - das conquistas e derrotas nos gramados. A coletânea dos textos está em Quando é dia de futebol, de 2002, cuja organização coube aos netos do escritor, Luís Maurício e Pedro Augusto Granã Drummond.
No livro, encontramos várias facetas de Drummond. O torcedor fanático que, na ânsia por ver a seleção de 1970 campeã mundial, chega a apelar por uma ajudinha da bola, em carta endereçada à mesma. "Bolinha minha, meu amigo redondo, suplico-te: não deixes a Copa ficar com a Britânia ou outra qualquer nação que dela não precisa como precisamos nós. Faze o seguinte: se nossos atletas não derem tudo que têm obrigação de dar, assume por ti mesma o ataque, vai em frente e, sozinha, ganha para nós, esse terceiro campeonato".
Também nos deparamos com um Drummond cético, criticando o uso político da seleção. "Não me venham insinuar que o futebol é o único motivo nacional de euforia e que com ele nos consolamos da ineficiência ou da inaptidão nos setores práticos". Porém, em meio a todas as caricaturas desse Drummond-torcedor, nenhuma bate a do sensível admirador do belo futebol - fã de Garrincha e Pelé -, que sabe respeitar inclusive a hora da derrota, por mais dolorida que seja, como a da seleção de 1982, na Copa da Espanha. "Eu gostaria de passar a mão na cabeça do Telê Santana e de seus jogadores (...) e dizer-lhes, com esse gesto, o que em palavras seria enfático e meio bobo. Mas o gesto vale por tudo, e bem o compreendemos em sua doçura solidária. Ora, o Telê! Ora, os atletas! Ora, a sorte!
A Copa do Mundo de 82 acabou para nós, mas o mundo não acabou. Nem o Brasil com suas dores e bens. E há um lindo sol lá fora, o sol de nós todos". Para Drummond, esse sol brilha mais intensamente, sobretudo, quando é dia de futebol.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Tilt até março
Pessoal, devido ao sucesso, a exposição 'Deu Tilt' fica até o final de março na Internet Livre.
Mais sobre Tilt:
Em 2003 a corrente sonora da "glitch art" ganhou popularidade entre internautas. Trocar arquivos de áudio era até então mais interessante do que imagens --filhotes do compartilhador de música Napster pipocavam pela rede.
Sem uma plataforma eficiente de divulgação, a "glitch art" visual só conseguiu engrenar com a popularização de portais como Flickr. Hoje, o site conta com cerca de 1.500 adeptos do "tilt" e quatro fóruns dedicados ao assunto.
Visite: http://www.flickr.com/groups/glitches/pool/
Mais sobre Tilt:
Em 2003 a corrente sonora da "glitch art" ganhou popularidade entre internautas. Trocar arquivos de áudio era até então mais interessante do que imagens --filhotes do compartilhador de música Napster pipocavam pela rede.
Sem uma plataforma eficiente de divulgação, a "glitch art" visual só conseguiu engrenar com a popularização de portais como Flickr. Hoje, o site conta com cerca de 1.500 adeptos do "tilt" e quatro fóruns dedicados ao assunto.
Visite: http://www.flickr.com/groups/glitches/pool/
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
No jornal
Escolas usam tecnologia para tentar conquistar a atenção dos alunos e apresentar os conteúdos de forma mais ligada ao cotidiano deles
DANIELA ARRAISDA REPORTAGEM LOCAL
DANIELA ARRAISDA REPORTAGEM LOCAL
Na lista de material escolar, livros e cadernos dividem espaço com cartuchos para impressora e mídias de armazenamento, como CDs e DVDs.No colégio, alunos deixam de copiar tudo o que o professor fala. Eles sabem que, após a aula, podem receber pela internet um arquivo com as informações -elas ficam gravadas na lousa digital, uma tela ligada a um computador que permite apresentar conteúdo multimídia.No intervalo entre uma disciplina e outra, estudantes abrem seus laptops e se conectam à internet por rede sem fio.A volta às aulas em várias escolas de São Paulo é high-tech. Para conquistar estudantes que já nasceram em meio a computadores e demais aparatos tecnológicos, colégios investem em equipamentos digitais, como lousas especiais, e em aulas interativas, como robótica."O colégio não pode ficar para trás. Temos de despertar o interesse do aluno", diz Jania do Valle, diretora operacional e de informática do Colégio Augusto Laranja. "Uma aula multimídia consegue concorrer com videogame, televisão, som, coisas que fazem parte do dia-a-dia dos alunos."No Augusto Laranja, além da lousa digital, os alunos contam com um diário óptico, em que os professores marcam presença e ocorrências durante as aulas -por exemplo, se o aluno esqueceu o material, se foi expulso de sala. Ao final do dia, um leitor coleta as informações, que são enviadas aos pais.As aulas de robótica ensinam os alunos do Colégio Magno a projetar, calcular e trabalhar em grupo. Eles utilizam peças semelhantes às do jogo Lego para construir robôs capazes de executar tarefas simples, como empurrar um bola."A escola se aproxima do aluno quando utiliza recursos interativos. Eles usam iPod, fazem seus filmes para colocar no YouTube. Quando observam que a escola também oferece isso, a comunicação se torna melhor", diz Sérgio Maciel, coordenador de tecnologia do Magno.Disciplinas como geografia e matemática ficam mais interessantes com o uso de uma estação meteorológica, no Colégio Arquidiocesano. A partir de dados coletados no topo do prédio, os alunos trabalham números em planilhas de Excel.Já o planetário "é utilizado tanto para aulas de inglês sobre o zodíaco quanto para estudo dos planetas, do sistema solar", diz o coordenador de tecnologia Marcus Vinicius de Souza.Para Gilson Schwartz, líder do grupo de pesquisa Cidade do Conhecimento, da USP (Universidade de São Paulo), mais do que investir em tecnologia, escolas precisam trabalhar a emancipação digital. "A inclusão é ter acesso a um aparelho. Quando a gente fala em emancipação, quer enfatizar que, se você acessar de forma passiva, terá um retorno baixo. As pessoas têm que praticar, inovar, perceber como a tecnologia ajuda nos estudos", diz.Nesta edição, conheça alunos e professores que usam a tecnologia para aprender mais.
ProInfo leva micros à escola pública
A tecnologia chega a escolas públicas por meio do ProInfo (Programa Nacional de Informática na Educação), vinculado à Secretaria de Educação a Distância. Desde 1997, 180.720 micros foram instalados em 15.119 escolas.Segundo Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de Educação a Distância, o governo planeja instalar laboratórios de informática em mais 125 mil escolas. "É difícil conseguir os computadores, conectá-los em rede. Por isso é fundamental que isso seja acompanhado pela capacitação de professores", diz.A secretaria prepara um portal na internet, voltado para educadores, em que será possível encontrar conteúdo para aulas. (DA)
Aula ganha continuidade on-line
Por meio de blogs, sites e listas de discussão, professores dão extensão ao que é ensinado nos colégios
Se o uso de equipamentos digitais e interativos já é realidade em escolas particulares de São Paulo, a articulação entre professores e alunos dá seus primeiros passos.Usando ferramentas sociais, como blogs e listas de discussão, os times tentam aprender a mesma lição: como usar a internet para dar continuidade ao assunto abordado na escola e estimular trocas e discussões.No blog da Escola Dinah (dinahbrotas.blogspot.com), feito por alunos e professores de Brotas (245 km a noroeste de SP), há trechos de aulas, dicas de atividades extras e textos sobre fatos históricos.A idéia foi do professor de artes Paulo César Antonini de Souza. "No começo, eu coletava o material com os professores. Depois, eles e os alunos começaram a trabalhar também", diz. Por meio de um cronograma, textos e fotos de diferentes disciplinas são postados em dias específicos.A professora Fátima Franco mantém dois blogs educativos, o Internet na Educação (internetnaeducacao.blogspot.com) e o Leitura e Escrita na Escola (leituraescola.blogspot.com), onde apresenta informações, metodologias e sugestões de atividades. "É um espaço para estar mais próxima de professores que estão começando a usar recursos da informática na educação", diz.Ela mantém, ainda, uma lista de discussão (br.groups.yahoo.com/group/blogs_educativos), na qual cerca de 400 professores de todo o Brasil trocam experiências."Professores podem usar a rede digital para se comunicar com outros professores. Quanto mais troca, mais espaço eles construírem entre si -no Orkut, no MySpace- melhor vão enfrentar o desafio", diz Gilson Schwartz, da Cidade do Conhecimento (cidade.usp.br). (DA)
Se o uso de equipamentos digitais e interativos já é realidade em escolas particulares de São Paulo, a articulação entre professores e alunos dá seus primeiros passos.Usando ferramentas sociais, como blogs e listas de discussão, os times tentam aprender a mesma lição: como usar a internet para dar continuidade ao assunto abordado na escola e estimular trocas e discussões.No blog da Escola Dinah (dinahbrotas.blogspot.com), feito por alunos e professores de Brotas (245 km a noroeste de SP), há trechos de aulas, dicas de atividades extras e textos sobre fatos históricos.A idéia foi do professor de artes Paulo César Antonini de Souza. "No começo, eu coletava o material com os professores. Depois, eles e os alunos começaram a trabalhar também", diz. Por meio de um cronograma, textos e fotos de diferentes disciplinas são postados em dias específicos.A professora Fátima Franco mantém dois blogs educativos, o Internet na Educação (internetnaeducacao.blogspot.com) e o Leitura e Escrita na Escola (leituraescola.blogspot.com), onde apresenta informações, metodologias e sugestões de atividades. "É um espaço para estar mais próxima de professores que estão começando a usar recursos da informática na educação", diz.Ela mantém, ainda, uma lista de discussão (br.groups.yahoo.com/group/blogs_educativos), na qual cerca de 400 professores de todo o Brasil trocam experiências."Professores podem usar a rede digital para se comunicar com outros professores. Quanto mais troca, mais espaço eles construírem entre si -no Orkut, no MySpace- melhor vão enfrentar o desafio", diz Gilson Schwartz, da Cidade do Conhecimento (cidade.usp.br). (DA)
Instituições migram para o Second Life
Uma ilha do Second Life concentra 35 instituições de ensino brasileiras. Nem todas existem no mundo físico, mas mesmo assim acompanham a tendência global de inúmeras iniciativas educacionais nesse ambiente virtual.A ilha Vestibular Brasil foi feita para ser "uma cidade universitária virtual, ou seja, um local onde existam várias instituições de ensino, onde os alunos, os futuros alunos e os professores possam interagir livremente", segundo Maurício Garcia, diretor da Garcix Inovações, que criou o local, com apoio da ABMES (Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior).Grande parte dos projetos não tem como fim principal atividades pedagógicas inovadoras. No momento, as instituições usam o Second Life como estratégia de marketing.Carlos Valente, professor de tecnologia da Anhembi Morumbi, que está no mundo virtual, já escreveu, em co-autoria com João Mattar, um livro sobre o uso do Second Life como ferramenta pedagógica -"Second Life e Web 2.0 na Educação" (Ed. Novatec, R$ 49).Ele afirma que o mundo virtual tem potencial pedagógico. Valente cita a interação possível para conferências e aulas. Ele também destaca o conteúdo multimídia e a participação dos usuários na criação de ambientes, como na web 2.0. (GVB)
Laptop educacional continua indefinido
O MEC (Ministério da Educação) não estabelece data para retomar o pregão eletrônico para aquisição de 150 mil laptops para o projeto UCA (Um Computador por Aluno), que foi suspenso no último dia 20 de dezembro. Isso porque, segundo o órgão, os valores ofertados pelos fornecedores estão muito acima do previsto."[O governo] nunca falou o preço máximo, que não consta no edital", diz Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática, que ofereceu o menor preço: R$ 98,180 milhões para 150 mil unidades -ou cerca de R$ 654 cada um. Ele disse que o preço pode chegar, considerando isenção de ICMS e do imposto de importação, a US$ 300, cerca de R$ 540.O processo, de número 592.007, pode ser monitorado pelo www.comprasnet.gov.br.Rotenberg diz que, para projetos particulares, o custo por laptop varia entre R$ 899 até R$ 1.059, conforme o sistema operacional -Linux, Windows XP ou Starter Edition. (CR)
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